Não precisou muito tempo de projeto para que eu concluísse: sim, as pessoas querem ouvir e ler histórias. E a lista de motivos é extensa.
Alguns deles são muito pessoais. Leitores me escreveram para relatar que lendo a história de alguém fizeram um reencontro com a própria história. Outros contaram que choraram, sorriram ou refletiram sobre uma história por dias a fio.
Cada pessoa, assim como cada história, é única.
E é única também a sua forma de sentir o que é compartilhado.
Alguns motivos, no entanto, são comuns aos leitores – e não leitores. Nós precisamos, com urgência visceral, de contato humano. Precisamos conhecer o outro, sentir o outro, entender o outro.
É tanto absurdo acontecendo lá fora que, aqui dentro, a gente precisa de motivos para continuar. Precisamos acreditar que o ser humano é, sim, feito de bondade. E, para acreditar, precisamos conhecer histórias de quem é do bem.
Precisamos de estímulos positivos, inspiração. Tudo o que deixe o dia-a-dia – pelo menos – um pouco mais leve.
Eu tenho a impressão de que, a cada história que apresento às pessoas, crio entre leitores e entrevistado um laço. É invisível, mas forte.
Quando eu conheço o outro, eu passo a acreditar nele. Passo a respeitá-lo e a respeitar sua trajetória, por mais que ela possa me parecer diferente. Conhecer é aproximar mundos.
E é isso que eu sinto quando recebo um email, um comentário, uma mensagem de um leitor dizendo que se surpreendeu com a história de alguém que sempre via passar, mas sem nunca trocar um “bom dia”.
Esses mundos, tão próximos fisicamente, viviam em linhas paralelas. Conhecer o outro constrói laços!
Não há motivo mais forte para prosseguir do que acreditar no ser humano. Acreditar no outro e enxergar o outro com os mesmos olhos com os quais queremos ser enxergados.
A crítica baseada em pré-conceitos desfortalece. A empatia une. E o que a gente mais precisa, em tempos tão sombrios, não é mesmo de união?
As pessoas querem, sim, ouvir e ler histórias. Essa é uma das minhas maiores certezas.
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